Das rosas nascem os espinhos
que rasgam os dedos.
Os mesmos dedos que pintaram
o amor de azul
numa tela remanescente.
Tens as rosas cravadas nos teus olhos
vidrados de uma luz eterna,
desconhecida.
Peço-te insistentemente essas rosas.
Cobre-me o corpo despido
com as pétalas vermelhas
que escorrem dos teus olhos
pela face,
pelos ombros
manchados pela saudade.
Beijo-te os ombros.
Abraço-te.
Abraço mil rosas
e pinto-te
e pinto-te
com amor.
Joana Almeida
12/05/2003
[Imagem: Desconheço o autor]